Claro, não sejamos bobinhos. Ganhar voucher na Santo Fogo não é nada mal, amigos! Mas a verdade mesmo é que todo mundo ralou igual!
Até por que… Vou te mostrar o que a Globo não mostra: durante esse mês, tivemos que elaborar um projeto pra uma cliente real (nada mais, nada menos que Adriana Otakara, arquiteta do escritório há 10 anos e que está prestes a casar. De boa, né?). Pesquisar e inserir todos os nossos gostos, preferências, hábitos, costumes, hobbies, dentro de um terreno 6x25m. Todo mundo sabia da bucha que tava por vir!
Começaram as entrevistas, as perguntas discretas, as perguntas indiscretas, as indiretas, as dicas jogadas no ar, os croquis, os rabiscos, o desespero de: “gente, onde eu enfio a área de serviço?”, o partido, o conceito, o porquê disso, o porquê daquilo, a primeira forma, a segunda proposta, a terceira que “hum, acho que essa vai rolar… não, pera…”, a volta na primeira proposta, a planta baixa com proporção ou sem, os lápis de cor para separar cada ambiente, a volumetria, os revestimentos, o 3D tomando forma, o render travando, a paciência acabando, o render travando de novo e… nasceu! Filho de Cris e Dri estava em nossas mãos, ou melhor, em nossos pen drives.
Nada disso poderia ter acontecido, CLARAMENTE, se “Vitão” (arquiteto Vitor Martinez) não tivesse olhado e dito: “mas como é que você vai ter ventilação aqui?”, “e seu método construtivo?”, “essa renderização tá escura,hein…”.
Porque claro, nada se constrói sozinho!
Se tivemos a capacidade de elaborar um projeto que agradasse uma banca de respeito daquelas, foi porque vários profissionais passaram por nossas vidas.
É sempre um desafio sair da zona de conforto. E, nesse caso, o concurso foi a melhor forma de colocar a criatividade e tudo que aprendemos em jogo. Lidar com uma banca cheia de novos rostos, um cliente real, com terreno existente, desafios projetuais – quais desejos do cliente priorizar? Cabe uma banheira? E uma piscina? – Todas as indagações de projeto são seguidas de escolhas, as quais são as responsáveis pela forma final. Porque nem tudo cabe em um projeto! Aquela referência que inicialmente pareceu perfeita talvez não se encaixe no programa, a materialidade que aparentemente parecia estar de acordo com a pretensão talvez precise de ajustes e mudanças.
Um projeto é um processo longo, que exige estudo, linearidade, conversa entre interior e exterior, compatibilidade entre o desejo e a necessidade. É a verdadeira união do útil ao agradável. E pela primeira vez, esse processo foi vivido por conta própria! Sem a cobrança existente em ambiente acadêmico – com orientações e apoio dentro do escritório, é claro! Mas um processo que pela primeira vez teve a nossa cara – porque o projeto também é isso, Né? Um pouco do cliente e um pouco do arquiteto.
Apesar da semana de provas e entregas de projetos da faculdade, Deus esteve no comando! E aqui estamos.
Que venham novos desafios, novas propostas, novos projetos! E novas “buchas”… por que não? Afinal, é assim que a gente aprende!
Deixe um comentário