Nos dias 19-20 de junho recebemos em Presidente Prudente uma oficina voltada para estudantes e profissionais na área da arquitetura e urbanismo, a oficina de dois dias tinha como objetivo um exercício de compreensão a permeabilidade dos espaços na cidade, modos de pensar o uso coletivo.
Esta já é a segunda oficina que tenho a honra de participar, já que a primeira, com a presença do Arquiteto Marcos Acayaba, nos trouxe a reflexão criticados modos de habitar, exercício de compreensão do conceito de casa e lar na arquitetura. (Veja o post novamente)
Nesta segunda oportunidade tivemos a chance de trocar experiências com Marta Moreira, sócia do escritório MMBB Arquitetos. Arquiteta, formada pela FAU/USP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1987, e professora de projeto na Escola da Cidade desde 2002.
A discussão ficou mais palpável após dada uma proposta de intervenção em um espaço público inserido na cidade de Presidente Prudente, mais especificamente no Galpão da Lua, já conhecido na cidade pela democratização da arte, no qual o Coletivo fez a ocupação do antigo galpão da linha férrea localizado no eixo patrimônio industrial e cultural da cidade.
Fomos in loco analisar e ter um bate papo com o pessoal do Coletivo, entendemos suas necessidades primarias e suas restrições, no fim da noite e no dia seguinte obtivemos a oportunidade de desenvolver um anteprojeto/proposta juntamente com a Marta Moreira nos orientando e abrangendo a discussão com base em projetos que ela colaborou, como o Sesc 24 de maio, em São Paulo entre outras referências.
Minha perspectiva como estudante foi esperançosa, entendemos que atualmente a discussão sobre as cidades, muitas vezes, infelizmente fica apenas no discurso, no entanto, a disseminação do discurso faz com que a imagem da cidade se torne outra para o usuário, entendendo assim a verdadeira essência dela, além do limite do lote, além de barreiras, entende-la como parte do todo. Assim se faz a construção de onde vivemos partindo do individual para o coletivo.
Dentro de um bom projeto arquitetônico ou urbano sempre há uma grande leitura do espaço, a área sempre nos diz o que ela espera para si mesma. A simplicidade e crítica da Marta trouxe à oficina, e em particular para mim, que a condição do lugar pode ser alterada com poucas intervenções, que pode ser a derrubada de uma barreira, colocação de iluminação ou mobiliários. Fica claro que o obvio também precisa ser dito, especialmente quando nossa rotina parece massacrar atos genuínos e a ânsia pelo grandioso parece nunca ser saciada.
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